quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Como é a história de vida de besouros comedores de sementes?

 Olá galerinha de O Saber Ciências e Biologia,

Vocês sabiam que os besouros podem ter estratégias de vida muito interessantes? Os besouros comedores de sementes foram descritos em uma planta no cerrado de Uberlândia-MG, a dormideira gigante (Mimosa setosa var. paludosa). Eles descreveram que durante a fase juvenil, o besouro vive dentro de uma única semente da planta. E como será que ficam as sementes após a saída dos besouros, agora já adultos? E como será as fêmeas escolhem onde irão depositar seu ovos? Veja o vídeo abaixo, conheça um pouco mais sobre essa história e tente responder as perguntas acima:

Veja o vídeo aqui!

Vamos treinar o inglês? Assista aqui, o vídeo em inglês!

Besouros-sementes (Bruchinae) associados a Mimosa setosa var. paludosa: Acanthoscelides
winderi (a), A. quadridentatus (b), ovo de besouro na superfície do fruto (c) e sementes atacadas (seta
indica um único besouro Acanthoscelides dentro da semente) (d). Escala: 1 mm.

Com carinho,

Profs. Bruno Lopes & Nayane Alves

As aranhas podem proteger as plantas?

Olá galerinha de O Saber Ciências e Biologia,

Vocês sabiam que as aranhas podem proteger as plantas contra os herbívoros? É isso aí, um estudo desenvolvido por nós, no Cerrado, mostra esse tipo de relação em que a aranha e a planta são "parceiras". Veja o vídeo abaixo e conheça um pouco mais sobre essa história:

Clique aqui e veja o vídeo!


A aranha-lince, Peucetia flava.


Com carinho,

Profs. Bruno Lopes & Nayane Alves

sábado, 24 de outubro de 2020

Canal no YouTube: "O Saber Ciências e Biologia - Prof. Bruno Lopes"

 

Queridos cultivadores do Saber, no link acima uma paródia criada com muito carinho para facilitar o aprendizado sobre as Células. Veja nosso vídeo e aproveite para se inscrever no canal: "O Saber Ciências e Biologias - Prof. Bruno Lopes". Bons estudos!

Um besouro pode sobreviver ao ser atropelado por um carro?

#fatoOUfake?  #divulgaçãoCientífica

Você já imaginou que um besouro poderia ter um revestimento, isto é exoesqueleto, tão duro que poderia não ser esmagado ao ser atropelado por um carro? Ou ser usado como inspiração para criação de estruturas mais resistentes na engenharia, como veículos blindados, lâminas resistentes e até robôs de resgate de humanos em escombros de acidentes?

Pois sim, agora você pode imaginar, é verdade! Cientistas norte americanos descreveram que o besouro Phloeodes diabolicus (Figura 1, abaixo), conhecido como besouro diabólico de ferro (diabolical ironclad beetle) tem um exoesqueleto tão duro que suporta até 15 kg, ou seja, 39 mil vezes o próprio peso. Eles realizaram testes mecânicos de compressão, microscopia e simulações 3D em computador para entender como esse besouro, de apenas 2 centímetros de comprimento, pode ser tão resistente. Os resultados da análise física e estrutural são descritos em um artigo publicado na revista Nature (ver fontes). 

Acredita-se que a dureza desse besouro evoluiu como mecanismo de defesa aos predadores, cuja mordida teria 10 vezes menos força que o besouro suporta atualmente. Mas, em contrapartida, por tamanha dureza, o besouro diabólico de ferro perdeu a capacidade de voo.  


Figura 1. Besouro diabólico de ferro, Phloeodes diabolicus. Escala: 5mm.
Fonte: Rivera et al. 2020 

Fontes:
Rivera e colaboradores.Toughening mechanisms of the elytra of the diabolical ironclad beetle. Nature, 2020.
https://www.nature.com/articles/d41586-020-02840-1


Glossário
Exoesqueleto: revestimento externo dos insetos (e outros artrópodes), composto por uma cutícula rígida que possui quitina, um tipo de polissacarídeo (carboidrato). O exoesqueleto é dividido em diferentes camadas, as quais são importantes na sustentação da musculatura dos insetos, na proteção contra predadores e redução de perda de água para o ambiente.

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segunda-feira, 23 de março de 2020

Besouros como inspiração em tempos de pandemia

Não é novidade para ninguém que a observação do mundo natural traz inspiração para nossas vidas. Exemplo disso é o conhecido caso de cooperação entre formigas, o qual nos traz o altruísmo como inspiração. Esses pequenos insetos dividem suas tarefas, ensinam o trabalho aos mais jovens e, ainda, quando um indivíduo está contaminado por algum patógeno, esse evita contato direto com os outros indivíduos do formigueiro (Não é um belo exemplo?!). Mas, as formigas não são os únicos insetos a nos darem inspiração para este período de propagação do Covid-19. Há também os besouros!
Especialmente nas últimas décadas, diversos cientistas, incluindo brasileiros, descreveram que algumas espécies de besouros se alimentam no interior das sementes de leguminosas. Esses besouros são chamados cientificamente de Bruchinae.
A partir de observações e experimentos em campo e em laboratório os pesquisadores mostraram que em muitas vezes as fêmeas desses besouros botam seus ovos nas vagens das plantas. Ao eclodirem, as larvas perfuram a vagem e, em seguida, penetram as sementes, dentro das quais se desenvolvem comendo o endosperma. Para muitas espécies desses besouros as larvas passam todo o seu desenvolvimento dentro de uma única semente, o que mostra o quanto esses insetos são capazes de aproveitar ao máximo seu recurso alimentar. Afinal, muitas sementes possuem poucos centímetros (p.ex. 4 cm) e pouca massa (p.ex. 0.03 mg em Mimosa no Cerrado), o que justifica explorar ao máximo! Além disso, as larvas, de corpos moles e vulneráveis a patógenos, ressecamento (especialmente em áreas abertas aqui do Cerrado, onde o sol é intenso) e predadores, têm dentro de suas "casas" (digo, sementes!) proteção. Lá dentro as larvas comem, crescem, defecam. Isso pode durar mais de 40 dias, sem nenhum contato. Cada uma na sua "casinha"!
Depois do "isolamento social", quando então se tornam adultos, mais resistentes e preparados para o "mundo exterior", esses besouros saem das sementes e vão se alimentar de pólen e néctar das flores. Enfim, esses besouros, já maduros, se encontram e é quando ocorrem as interações sociais (incluindo a reprodução).
Independente de sua opinião a respeito dos insetos, é evidente que a história natural deles nos remete a reflexões sobre nossas próprias atitudes. Algumas dessas reflexões são mais relevantes em momentos de pandemia: será que em tempos de maior vulnerabilidade não vale a pena permanecer dentro de casa, como fazem os besouros? Será que é necessário estocar muito recurso alimentar e deixar que os outros fiquem sem? Ou fazer como os besouros que aproveitam ao máximo o seu recurso alimentar, sem desperdício, e, assim, deixam também recurso disponível para outros indivíduos? Sejam quais forem as suas respostas, a existência de besouros na Terra é datada em mais de 250 milhões de anos. E se você acredita nos ditados populares que dizem ser melhor "ouvir" os mais velhos, estão aí os besouros para nos dar exemplos!
Mais detalhes sobre esses besouros em: Sousa-Lopes, Alves-da-Silva, Ribeiro-Costa & Del-Claro. Temporal distribution, seed damage and notes on the natural history of Acanthoscelides quadridentatus and Acanthoscelides winderi (Coleoptera: Chrysomelidae: Bruchinae) on their host plant, Mimosa setosa var. paludosa (Fabaceae), in the Brazilian Cerrado. Journal of Natural History, 53(9-10):611–623, 2019.

Ribeiro-Costa & Almeida. Seed-Chewing Beetles (Coleoptera: Chrysomelidae, Bruchinae), 2012.




domingo, 3 de fevereiro de 2019

Trabalho desenvolvido pela equipe EEMCBS...

Olá,

Procurando uma escola pública e de qualidade? Pois bem, veja o vídeo abaixo divulgando o trabalho realizado na E.E. Maria da Conceição Barbosa de Souza em Uberlândia-MG.